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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O SUFICIENTE PARA VOCÊ

O SUFICIENTE PARA VOCÊ


(autor desconhecido)


Há pouco tempo, estava no aeroporto e vi mãe e filha se despedindo.
Quando anunciaram a partida, elas se abraçaram e a mãe disse:

- Eu te amo. Desejo o suficiente para você.

A filha respondeu:

- Mãe, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. O seu amor é tudo de que sempre precisei. Eu também desejo o suficiente para você.

Elas se beijaram e a filha partiu.

A mãe passou por mim e se encostou na parede.

Pude ver que ela queria, e precisava, chorar.

Tentei não me intrometer nesse momento, mas ela se dirigiu a mim, perguntando:

- Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre?

- Já - respondi. - Me desculpe pela pergunta, mas por que foi um adeus para sempre?

- Estou velha e ela vive tão longe daqui. Tenho desafios à minha frente a verdade é que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral.

- Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer 'Desejo o suficiente para você'. Posso saber o que isso significa?

Ela começou a sorrir.

- É um desejo que tem sido passado de geração para geração em minha família. Meus pais costumavam dizer isso para todo mundo.

Ela parou por um instante e olhou para o alto como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda.

- Quando dissemos 'Desejo o suficiente para você', estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o suficiente para que a pessoa se ampare nelas.
Então, virando-se para mim, disse, como se estivesse recitando:

- Desejo a você sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante.
- Desejo a você chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol..
- Desejo a você felicidade o suficiente para que mantenha o seu espírito alegre.
- Desejo a você dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores.
- Desejo a você que ganhe o suficiente para satisfazer os seus desejos materiais.
- Desejo a você perdas o suficiente para apreciar tudo que possui.
- Desejo a você 'alôs' em número suficiente para que chegue ao adeus final.

Ela começou então a soluçar e se afastou.

Dizem que leva um minuto para encontrar uma pessoa especial, uma hora para apreciá-la, um dia para amá-la, mas uma vida inteira para esquecê-la.


ARRUME TEMPO PARA VIVER...


EU DESEJO O SUFICIENTE PARA VOCÊ...

Postado por Getúlio Gomes às 07:03

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dando a volta por cima

Dando a volta por cima




Havia tristeza nos olhos de Eva. Ela adentrou a casa da amiga e chorou, sentada na cozinha.

Entre um gole de chá e lágrimas, contou que seu filho David havia telefonado naquela manhã.

Era véspera do Ano Novo. Eva e o marido estavam programados, como todos os anos, para visitar no dia 10 de janeiro, o filho e a nora.

Mas o telefonema fora para pedir justamente que eles não fossem.

David e a esposa diziam precisar descansar, se recuperar do período de festas e pediam para não serem visitados. Precisavam respirar.

Eva não se conformava:

Que história era aquela de que precisavam se recuperar para receber pai e mãe? Respirar? Isso queria dizer que ela e o marido eram um estorvo, um incômodo quando visitavam o filho?

E o que aborrecia ainda mais era pensar no seu marido. Ele desligara o telefone, e fora para seu quarto sem dizer palavra. Estava arrasado.

A amiga a ouviu. Serviu mais um chá e aconselhou: Amanhã, quando você telefonar para ele, diga que você ficou decepcionada e triste.

Eva se espantou: Quem disse que eu vou ligar? Ele se quiser que telefone. Sabe o número do nosso telefone.

Havia doçura na voz da amiga. Também ponderação e carinho quando voltou a aconselhar:

Eva, você não vai deixar de amar o seu filho porque ele a magoou. Você é mãe.

E, além do que, pense que nenhuma de nós está ficando mais jovem. Não percebe como o tempo escorrega por nossas mãos?

Que importa de quem é a vez ou o dever de telefonar? Se fôssemos viver 400 anos, talvez nos pudéssemos dar ao luxo de esperar que o outro telefone. Mas, do jeito que as coisas são...

Eva foi se acalmando. E, por fim, concordou em que o melhor era dar a volta por cima.

Além do que, finalizou, eu não suportaria não falar com meu David no Ano Novo.

E um grande abraço selou uma vez mais a amizade das duas almas.

* * *

Seria muito saudável se, ante crises familiares, pudéssemos contar com pessoas assim amigas. Pessoas que nos recordassem que a vida é breve, que tudo passa.

Passa a alegria, passam as tristezas.

Seria bom ter amigos que nos lembrassem que a vida é muito curta para se desperdiçar em mágoas e picuinhas.

Hoje se está aqui, amanhã podemos não nos encontrar mais. E o que fica, com o vazio da ausência, é um grande remorso que corrói e destrói.

Por que não pedi desculpas? Por que não perdoei? Por quê...?

Não percamos as horas de ser felizes porque alguém foi infeliz em uma frase. Ou indelicado em suas expressões.

Ou ingrato, ou mau.

Sejamos sempre aquele que perdoa, acolhe, abraça. Com essa atitude, com certeza, quebraremos resistências, criaremos clima de harmonia e seremos felizes.

Porque ser feliz é ter consciência de que não demos causa a distanciamentos familiares, nem colocamos nuvens escuras nos relacionamentos.

Ser feliz é viver cada dia, todos os dias, semeando afeições, entendimento, estreitando laços.

Pensemos nisso.



Autor:
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17 do livro A doçura do mundo, de Thrity Umrigar, ed. Nova Fronteira.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CARIDADE DA LUZ

CARIDADE DA LUZ




Santa – a moeda amiga ao tornar-se carinho
Em todo lar sem pão que a penúria flagela,
Enaltecida sempre – a roupa mais singela,
Que protege a nudez ao vento e ao desalinho!...

Glorificado seja – o pouso que tutela
O enfermo relegado às pedras do caminho,
Preciosa – a afeição para quem vai sozinho,
Trancando-se na dor em que se desmantela...

Nobreza em toda ação que represente amparo
Do auxílio de um vintém ao apoio mais raro,
Que a simpatia expresse e a bondade presida!...

Brilhe em tudo, porém, com mais força e grandeza
A palavra do Bom que apure a Natureza,
Iluminando o Amor e libertando a Vida!...


Auta de Souza
Educandário Ituiutabano
Ituiutaba (MG), 31 de julho de 1971 

Livro:  Através do Tempo
Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos
LAKE – Livraria Allan Kardec Editora



BENEFICÊNCIA‏





Todo pão que repartes 
É valor que acumulas. 
Agasalho que dês 
Faz-se apoio a ti mesmo. 
Coragem que transmitas 
É uma luz que te segue. 
Ofensa que perdoas 
É paz que te acompanha. 
Não esperes dos outros 
Compensações quaisquer. 
De todo o bem que faças 
A resposta é de Deus. 

Emmanuel.

Beijos de luz!
Paz, alegria, harmonia e muita saúde.

VAZIO DA ALMA

VAZIO DA ALMA



Se nunca te dispões
A cooperar com a Vida...

Por mais que dela saibas,
Pouco te valerá.

Nada que te preencha
O vazio da alma.

Angústia e desencanto,
Decrença e desatino.

Quem faz o próprio pão
Não sabe o que é ter fome.

Irmão José

Livro:  Frutos da Mediunidade
          Carlos A. Baccelli, pelos Espíritos Irmão José e Eurícledes Formiga
          LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo 

Para mudar o mundo é preciso mudar a si mesmo.

Salmo 70

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro A Semente de Mostarda.



O Instrutor desdobrando a aula que ministrava aos aprendizes atentos, esclareceu conciso:
Os homens são professores uns dos outros.
Cada homem leciona a matéria que lhe constitui o elemento de trabalho.
Assim vejamos:
O alfaiate, a costura;
O sapateiro, o calçado;
O tecelão; a indústria do fio;
O ourives, a fabricação de jóias;
O pastor, a condução do rebanho;
O horticultor, a produção de verdura;
O carpinteiro, a arte de trabalhar a madeira.
Ante a pausa do instrutor, o aluno José Guedes perguntou:
- Professor; e o embriagado também ensina?
Como não? - respondeu o Instrutor...
- Que é que um bêbado ensina? - insistiu o aprendiz...
E o professor idoso e experiente concluiu:
Um alcoólatra ensina o que devemos evitar.

Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro A Semente de Mostarda.

Beijos de luz.

Gotas de amor


Gotas de amor
Num quarto modesto, o doente grave pedia silêncio. Mas a velha porta rangia nas dobradiças, cada vez que alguém a abria ou fechava. 
 
O momento solicitava quietude, mas não era oportuno para a reparação adequada. 
 
Com a passagem do médico, a porta rangia, nas idas e vindas do enfermeiro, no trânsito dos familiares e amigos, eis a porta a chiar, estridente. 
 
Aquela circunstância trazia, ao enfermo e a todos que lhe prestavam assistência e carinho, verdadeira guerra de nervos. 
 
Contudo, depois de várias horas de incômodo, chegou um vizinho e colocou algumas gotas de óleo lubrificante na antiga engrenagem e a porta silenciou, tranqüila e obediente. 
 
A lição é singela, mas muito expressiva. 
 
Em muitas ocasiões há tumulto dentro de nossos lares, no ambiente de trabalho, numa reunião qualquer. São as dobradiças das relações fazendo barulho inconveniente. 
 
São problemas complexos, conflitos, inquietações, abalos... 
 
Entretanto, na maioria dos casos nós podemos apresentar a cooperação definitiva para a extinção das discórdias. Basta que lembremos do recurso infalível de algumas gotas de compreensão e a situação muda. 
 
Algumas gotas de perdão acabam de imediato com o chiado das discussões mais calorosas. 
 
Gotas de paciência no momento oportuno podem evitar grandes dissabores... 
 
Poucas gotas de carinho, penetram as barreiras mais sólidas e produzem efeitos duradouros e salutares. 
 
Algumas gotas de solidariedade e fraternidade podem conter uma guerra de muitos anos. 
 
É com algumas gotas de amor que as mães dedicadas abrem as portas mais emperradas dos corações confiados à sua guarda. 
 
São as gotas de puro afeto que penetram e dulcificam as almas ressecadas de esposas e esposos, ajudando na manutenção da convivência duradoura.
 
Nas relações de amizade, por vezes, algumas gotas de afeição são suficientes para lubrificar as engrenagens e evitar os ruídos estridentes da discórdia e da intolerância. 
 
Dessa forma, quando você perceber que as dobradiças das relações estão fazendo barulho inconveniente, não espere que o vizinho venha solucionar o problema. 
 
Lembre-se de que você poderá silenciar qualquer discórdia lançando mão do óleo lubrificante do amor, útil em qualquer circunstância, e sem contra-indicação. 
 
Não são necessárias grandes virtudes para lograr êxito nessa empreitada. Basta agir com sabedoria e bom senso. Às vezes, são necessárias apenas algumas gotas de silêncio para conter o ruído desagradável de uma discussão infeliz. 
 
Pense nisso! 
 
Se uma pequena faísca pode desencadear um incêndio devastador, da mesma forma uma gota de amor pode evitar grandes catástrofes nos relacionamentos humanos. 
 
Dessa forma, vale a pena ficarmos atentos aos ruídos provocados pela discórdia, a fim de contribuirmos com algumas gotas de compreensão, no momento oportuno. 
 
E se você é daqueles que pensa que os pequenos gestos nada significam, lembre-se de que as grandes montanhas são constituídas de pequenos grãos de areia. 
 
Pense nisso!
 

Autor:
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 28 do livro Bem-aventurados os simples, pelo Espírito Valerium, psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb