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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Kardec comenta na edição de dezembro da Revista Espírita de 1863

Kardec comenta na edição de dezembro da Revista Espírita de 1863 sobre as etapas do projeto Espírita na Terra. Cita “a primeira etapa como o da curiosidade (mesas girantes), a segunda etapa o filosófico (com a publicação de O Livro dos Espíritos)”; a terceira etapa Kardec nominou de “período da luta”; o quarto período, o do Evangelho (para alguns começou com Bezerra de Menezes e continuada por Chico Xavier na Pátria do Evangelho); a quinta etapa seria o transitório, e finalmente a sexta etapa (transformação social).”(1)
Considerando as graduais etapas do projeto espírita na Terra, será que atualmente deveríamos promover (como ocorreu durante a codificação), um diálogo escancarado e direto com os recém-desencarnados, visando obter notícias dos mesmos para seus familiares que aqui ficaram?  Quantas pessoas procuram grupos espíritas querendo notícias dos entes que “partiram”? Será que a finalidade da mediunidade é essa?
Há “espíritas” (pasmem!) que “orientam” médiuns através de cursos “avançados” ensinando algum tipo de “técnica” para “receberem recém-desencarnados”. Tais “mestres de Espiritismo” afirmam com jactância que alguns jovens e outros “formandos” estarão dentro em breve prestando [através do mediunismo] os “serviços” de consolação para os parentes que por aqui ficaram!?!?!?... acredite se quiser!!!!
O assunto é grave e merece profundas reflexões. Somos dos que desaconselhamos o uso de evocação dos desencarnados, sobretudo se o médium estiver voltado para a recepção de notícias póstumas de sofredores (normalmente recém-desligados do físico), pois em todos os casos a espontaneidade é essencial para a credibilidade das mensagens.
Chico Xavier nos deixa uma importante lição neste sentido. Recordemos que ante a sua especialíssima tarefa de psicografia ele era alvo de inúmeros pedidos de familiares aflitos para receber notícias dos parentes falecidos. O Médium de Uberaba sabiamente evitava levar nomes para serem evocados para essa finalidade, e se justificava dizendo: "O TELEFONE TOCA DE LÁ PARA CÁ”.
Até mesmo nas mensagens instrutivas não há a necessidade de se fazer uma evocação direta, pois podemos receber mensagens instrutivas de qualquer espírito evoluído que estiver trabalhando conosco. O mais importante neste caso é o exame racional e lógico da mensagem recebida, conforme ensina Kardec, para se evitar a mistificação.
O extraordinário Espírito Emmanuel, após ser indagado se era aconselhável a evocação direta de determinados espíritos, esclareceu: “Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, EM CASO ALGUM. Se essa evocação é passível de êxito, sua exequibilidade somente pode ser examinada no plano espiritual. Daí a necessidade de sermos ESPONTÂNEOS, porquanto, no complexo dos fenômenos espiríticos. A solução de muitas incógnitas espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina. O estudioso bem-intencionado, portanto, deve pedir sem exigir, orar sem reclamar, observar sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua posição evolutiva e segundo o merecimento do seu coração.”(2) (grifamos)
Insatisfeitos com essas sensatas orientações, surgem os kardequeólogos de plantão, fazendo referência ao interesse do mestre lionês pela evocação direta. Entretanto, “precisamos ponderar, no seu esforço, a tarefa excepcional do Codificador, aliada a necessidades e méritos ainda distantes da esfera de atividade de aprendizes comuns” (3)tais quais somos.
Para os phd’s de Kardec (os anti-emmanuelinos) informamos que o mentor de Chico Xavier explica: “Qualquer comunicado com o invisível deve ser ESPONTÂNEO, e o espiritista cristão deve encontrar na sua fé o mais alto recurso de cessação do egoísmo humano, ponderando QUANTO À NECESSIDADE DE REPOUSO DAQUELES A QUEM AMOU, E ESPERANDO A SUA PALAVRA DIRETA, QUANDO E COMO JULGUEM CONVENIENTE E OPORTUNO OS MENTORES ESPIRITUAIS.”(4)
Para o sábio de Lyon, “frequentemente, as evocações oferecem mais dificuldades aos médiuns do que os ditados espontâneos, sobretudo quando se objetiva obter dos Espíritos respostas precisas a questões circunstanciadas.”(5) Os médiuns – lembra ainda Kardec – “são geralmente mais procurados para evocações de caráter particular do que para comunicações de interesse geral. ELES NÃO DEVERIAM, PORÉM, ACEDER A TAIS PEDIDOS, senão com muita reserva, quando feitos por pessoas de cuja sinceridade estejam seguros. Além disso, é preciso evitar sua participação nas evocações movidas por simples curiosidade ou interesse, sem intenção séria por parte do evocador, afastando-se de tudo o que possa transformá-los em agentes de consultas, em ledores da buena dicha.”(6)  (grifamos)
Evocar ou não um Espírito é questão que precisa, portanto, ser bem avaliada, tendo sempre em mente a finalidade a que ela se presta. No livro Conduta Espírita, cap. 25, André Luiz reafirmou a proposta feita por Emmanuel, recomendando-nos seja “abolida, em nosso meio, a prática da evocação nominal dos espíritos.”(7)
Não tendo havido informações novas, provindas de fontes consagradas, não concebemos por que a recomendação de Emmanuel, reafirmada por André Luiz, deva ser ignorada. A comunicação com nossos entes queridos efetua-se por iniciativa deles. A frase "O TELEFONEMA VEM DO LADO DE LÁ", dita por Chico Xavier, diz bem como o assunto deve ser encarado em qualquer contexto do debate.
Jorge Hessen

"Amigos e irmãos,abraço-os fervorosa-mente.editada e pesquisada por Elisabete Azevedo


 

"Amigos e irmãos,abraço-os fervorosa-mente.

Nesta oportunidade, desejo compartilhar com os companheiros um fato relacionado ao suicídio que resultou numa série de ações, desenvolvidas ao longo de 18 meses, aproximadamente, mas cujo desfecho superou todas as expectativas,mesmo as inimagináveis.

As regiões de sofrimento onde vivem os suicidas, de todas as categorias, são inúmeras e vastas nos planos do Espírito. Brotam de um dia para outro, pois os excessos da Humanidade têm reduzido o tempo de reencarnação para um número significativo de pessoas. Os atentados contra a manutenção da saúde física, mental e psicológica atingem cifras realmente assustadoras. A campanha em Defesa da Vida, conduzida pelos espíritas, é ação que ameniza a situação. Mas algo mais intenso e abrangente, que envolva a sociedade, urge ser desenvolvido. Assim, passamos ao nosso relato.

Localizamos em determinado nicho, em nosso plano, uma comunidade de suicidas vivendo em situação precária, em todos os aspectos. Chamava a nossa atenção que tal reduto de dor nunca reduzia de tamanho. Ao contrário, contabilizávamos um número crescente, dia após dia. Procurando analisar a problemática por todos os seus ângulos, verificamos que no local, incrustado em espaço de difícil acesso, existia uma espécie de "escola" - se este é o nome que se pode utilizar - cujos integrantes se especializaram em indução ao suicídio: técnicas, recursos e equipamentos sofisticados eram desenvolvidos para que encarnados cometessem suicídio.

O suicida era, então, conduzido à instituição e, sob tortura, a alma sofredora fornecia elementos mentais que serviam de alimento à manutenção de diferentes desarmonias que conduzem o homem ao desespero. Fomos surpreendidos pela existência de tal organização e estarrecidos diante do fato, de como a alienação, associada à maldade, pode desestruturar o ser humano. Após tomar conhecimento dos detalhes, um plano de trabalho foi definido, depois que um mensageiro de elevada região veio até nós. Durante algum tempo pelejamos para sermos adequadamente preparados, inclusive aprendendo a liberar vibrações mais sublimadas, a fim de fornecer a matéria mental e sentimentos puros que pudessem erguer um campo de força energético ao redor do local.

Almas devotadas estiveram conosco permanentemente, instruindo-nos, fortificando-nos e nos revelando a excelsitude do amor. Entretanto, era preciso fazer algo mais. Desfazer a organização não representaria, em princípio, maiores problemas; o desafio seria convencer os instrutores a não fazer mais aquele tipo de maldade.Várias tentativas foram envidadas, neste sentido. Orientadores esclarecidos da Vida Maior foram rejeitados e até ridicularizados. Nada conseguíamos com os dirigentes daquela instituição, voltada para a prática do suicídio. Mas, a vitória chegou, gloriosa, no final da tarde do domingo último,¹ quando, convidados a participar do encerramento do Congresso, aqueles dirigentes presenciaram a luminosidade do amor. Conseguiram, finalmente, ver o significado da vida, a sua importância e fundamentos. Foram momentos de grande emoção que envolveu a todos nós, quando uma nesga de luz desceu sobre os encarnados e desencarnados no exato instante em que todos, em ambos os plan os da vida, se deram as mãos e cantaram a música em prol da paz. A nesga de luz se alargou, cresceu, envolveu a todos. A força do amor jorrou plena e, em sublime explosão, rompeu o ar, circulou sobre a cabeça de todos, espalhou-se como poderosa onda para além do recinto, ganhando a cidade.

Brasília se nimbou de luz, no solo, nas águas. À nossa visão estupefata e maravilhada parecia que uma nova estrela estava surgindo. Os seres da Criação, vegetais, animais e hominais, os elementos inertes, rochas e minerais, as construções humanas, prédios, edifícios, avenidas, bancos, repartições públicas e privadas, residências, tudo, enfim, foi banhado por luz pura e cristalina que jorrava do Alto. Célere, a bela luminosidade espalhou do coração da Pátria para todos os recantos do Brasil, das Américas, da Europa, África, mais além, no Extremo e Médio Oriente, atingindo todos os continentes, países e cidades. Alcançou os polos do Planeta, girou em bailado sublime, por breves minutos ao redor da Terra e se prolongou mais além, emdireção ao infinito.

Jesus tinha se aproximado do Planeta, em brevíssima visita de luz, amor e compaixão.

Jamais presenciei tanta beleza e tanta paz !

Com afeto."

YVONNE PEREIRA (espírito)

(Mensagem psicográfica recebida por Marta Antunes de Moura, na Federação Espírita Brasileira, e Brasília, no dia 22 de abril de 2010. Encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro)
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Yvonne Pereira (1900 - 1984) foi uma das maiores médiuns brasileiras, sendo que, dentre as suas obras psicografadas encontra-se a magnífica trilogia de profundo conteúdo doutrinário/evangélico de autoria do espírito Charles:

Nas Voragens do Pecado / O Cavaleiro de Numiers / O Drama da Bretanha



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